Todos os setores da economia serão afetados pela escassez dos derivados do petróleo, que estão a nossa volta durante todo o dia: tecidos sintéticos, o plástico que constitui inúmeros produtos do nosso dia-a-dia, combustíveis veiculares e até o gás butano, que utilizamos nos fogões. Todos esse materiais provém de uma só fonte: o ouro negro do capitalismo.
Ainda que diversas fontes de energia e de materiais alternativas já estejam sendo estudadas e muitas até sendo postas em prática, o mundo será terrivelmente afetado pela escassez desse material importantíssimo nos dias atuais.
Os rumores de que guerras como a do Iraque não sejam focadas no fim do terrorismo e de regimes ditatoriais, mas sim na abundância petrolífera do Oriente Médio já correm o mundo e não são poucos os cientistas políticos que defendem tais teses.
É certo que os abalos causados na estrutura social quando a falta de uma das matérias-primas mais importantes da sociedade atual for sentida serão imensos, e as probabilidades de que o início da Terceira Grande Guerra seja impulsionado por estas crises são consideráveis.
Se pode haver algo que amedronte mais os grandes líderes do capitalismo que a pera de seu principal meio de vida, é a simples hipótese de que a queda dos níveis mundiais de petróleo fortifique novamente países pouco dependentes do material, como a Rússia, que poderia se aliar à maior potência oriental do momento, a China, para ampliar seus horizontes mais uma vez.
A falta do ouro negro e o retorno do comunismo
É disso que Frontlines: Fuel of War fala. Alguns anos após o início da crise petrolífera, que segundo o enredo do jogo se deu no meio de 2008, o cenário mundial se via numa crise sem igual. Em 2012, no auge da escassez de alimentos, a consolidada economia estadunidense se viu afetada pelas cenas que antes só eram comuns aos noticiários: As ruas estavam repletas de mendigos, a fome assolava todo o país. Rússia e China aliaram-se como uma só potência mundial e então uma guerra começou entre a estrela vermelha e os países capitalistas.
O que há de mais atraente no enredo de Frontlines: Fuel of War, é a maneira como presente e futuro se mesclam: ao contrário de títulos como Unreal Tournament e Enemy Territory: Quake Wars, que narram guerras num futuro muito distante, onde a civilização como a conhecemos já está extinta, Frontlines deixa uma pitada de realismo ao apresentar um futuro próximo, com uma guerra iniciada por motivos palpáveis.
Cenário destrutível e texturas medianas
As texturas e a física de Frontlines: Fuel of War não apresentam nada de muito inovador para os jogos atuais. O título conta com bons gráficos, mas em tempos como este, onde os jogos que ditam o futuro dos videogames apresentam uma experiência visual como a de Assassin's Creed, por exemplo, a interface visual de Frontlines não passa do nível mediano. O jogo deverá chamar a atenção por um multiplayer consistente e inovador, entretanto a jogabilidade para consoles, como em todo jogo de tiro em primeira pessoa, não é a mais apropriada.
O jogo utiliza a Unreal Engine
A destrutibilidade do cenário de Frontlines que se faz possível graças à Engine desenvolvida pela Epic Games é um ponto positivo e bastante interessante, porém, os efeitos de iluminação apresentam algumas falhas no jogo, devido à má utilização dos filtros de iluminação do Xbox 360.
Quem tem apenas o Xbox 360 ou o Playstation 3 como para rodar jogos não deve colocar muitas fichas no jogo publicado pela THQ e produzido pela Kaos Studios, porém se você conta com um computador voltado para games, Frontlines pode ser um dos títulos que vai chamar a sua atenção no início de 2008.
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